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sábado, 3 de setembro de 2016

O Facebook e o debate político

Estamos vivenciando um “boom” relacionado ao debate político, parecido com o que ocorreu na década de 80 com as Diretas Já. Porém, serei firme em dizer, o debate atual é muito mais caloroso. Hoje temos uma ferramenta que propaga ideias cuja forma, se caracterizarmos de rápida, estaremos diminuindo o seu potencial: o Facebook. Não é à toa que vemos candidatos a vereador e prefeito que mal sabem ligar um computador nos enviando solicitações de amizade...

Logar no Facebook tem sido uma maneira interessante de ficarmos informados sobre o que acontece nos esportes, nas novelas, na política... Porém, tem sido também, uma forma de encontrarmos muitos debates sobre tudo isto. Lembro que um tempo atrás em uma publicação de uma página gremista, um colorado acabou entrando nos comentários e o que era para ser uma simples informação tricolor acabou virando uma guerra de palavrões. Enfim, a internet tem nos oportunizado chances de vermos as pessoas transbordarem emocionalmente, tanto para o ódio, quanto para o amor. É assim que muitas vezes funciona quando do consumo de bebidas alcoólicas.

Os debates políticos no Facebook têm sido um espetáculo à parte.  A nova ágora tem se mostrado hospitaleira a todas as ideologias. Porém, um problema surge reluzente quando analisamos a veracidade de muito do que se posta. Os Faces tem efetuado muita leitura das chamadas e estereotipado os conteúdos, que na maioria dos casos ou não é lido, ou é lido já com um pré-conceito pelo leitor, devido às outras manchetes lidas nos dias anteriores. Hitler hoje teria muito mais popularidade? Ou teria parada a sua campanha pelas manifestações virtuais? Eis que surge nestas perguntas outra pergunta: qual a diferença entre informação e conhecimento? Uma coisa é sabermos que o preço aumentou. Outra coisa é sabermos o porquê do aumento, quem aumentou e até quando vai esta elevação pecuniária.

O problema é agravado quando “a gasolina nesta fogueira” é jogada pela própria imprensa, que abafa, agita, defende e pune. Como diria Bauman, “O nosso é um tempo de cadeados, cercas de arame farpado, ronda dos bairros e vigilantes; e também de jornalistas de tabloides ‘investigativos’ que pescam conspirações para povoar de fantasmas o espaço público funestamente vazio de atores, conspirações suficientemente ferozes para liberar boa parte dos medos e ódios reprimidos em nome de novas causas plausíveis para o pânico moral”.

As inimizades políticas, que antes eram consolidadas pessoalmente, no olho no olho, agora se concretizam através de um deslike ou de um desfazimento de amizade. Muitas vezes esta inimizade ultrapassa a barreira dos argumentos e atinge em cheio o argumentador: a inimizade deixa de ser somente por causas político-ideológicas e toma uma forma que atinge a pessoalidade.

Muitas vezes, ao ler uma postagem, tenho vontade de comentar: “Vá com calma, meu amigo”. Em muitos casos, é tamanho o absurdo dos conteúdos dos posts, que dá até vontade de rir: “esta pessoa ganhará 1 real por cada amém digitado nos comentários”. Quando o assunto é política, então, meus amigos, a situação pode se tornar caótica... E o momento é propício também, para a desinformação. Creio que a leitura de bons livros seria importante, em substituição a horas e horas passadas na frente do celular atualizando o feed.

Mas, mesmo assim, ainda vejo um lado positivo nessas situações: as pessoas estão falando sobre política. Arriscaria a dizer que estamos nascendo para o debate. Não podemos falar sequer em amadurecimento argumentativo. Estamos longe disso. Tomara que o próximo passo seja a nossa entrada na busca pelo conhecimento, e que possamos entender, por exemplo, a burocracia que envolve um processo de impeachment; que possamos entender as formalidades que requer este tipo de processo; e que entendamos o conteúdo que torna possível a abertura do processo de impeachment. Muito ainda caminharemos, porém, não devemos seguir a estrada que a História já mostrou não nos levar a bons destinos.



Por Marcos Evaldt

Maquiné, 1991


Time juvenil do Cruzeiro CAMPEÃO MUNICIPAL JUVENIL EM 1991 !!!!!
(lembrando que até 1992 Maquiné era distrito de Osório).



Por Marcos Evaldt

Maquiné, 1998


Fotografias das turmas que se formaram como pioneiras no ensino médio Langendonck. 

Sensacional!




Por Marcos Evaldt


Maquiné, década de 80

Ao fundo vemos o salão paroquial, existente ainda hoje no centro da cidade. A fotografia, provavelmente é do início da década de 80 e o evento é um desfile da Semana da Pátria. 

Fotografia encontrada no Centro Cultural José do Patrocínio, em Osório.


Por Marcos Evaldt

terça-feira, 26 de julho de 2016

Maquiné, 1974

Alunos da escola Langendonck plantando flores no canteiro da avenida principal de Maquiné, quando Armando Müller era Sub-Prefeito. 
Imagem e informações fornecidas por Edir Müller.


Por Marcos Evaldt

terça-feira, 19 de julho de 2016

Maquiné, década de 90

Vista da frente da escola Langendonck (Avenida General Osório) na década de 90. Simplesmente emocionante!


Por Marcos Evaldt

Maquiné, 2001

JORNAL "FOLHA DE MAQUINÉ", 11 DE OUTUBRO DE 2001.

"Pinheiro reclamou impedimento no segundo gol do Solidão."

Sensacional registro!


Por Marcos Evaldt

Maquiné, década de 90

Festa Junina acontecendo na quadra esportiva da famosa escola Langendonck.


Por Marcos Evaldt

Maquiné, 1952


Ponte sendo construída em Maquiné, no ano de 1952 !!!

(ano e local conforme constam, inclusive, à caneta na fotografia).
Seria a ponte aquela encontrada na estrada da "antiga" BR 101?

Imagem sensacional!


Por Marcos Evaldt

Que imagem...

Ônibus da empresa Capão Tur, que fazia as linhas do litoral norte no momento anterior à empresa Torrescar. Imagem do início dos anos 2000.


Por Marcos Evaldt

Maquiné, década de 70-80

Posto de gasolina sem cobertura.

Sensacional vista aérea!


Por Marcos Evaldt

domingo, 3 de julho de 2016

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Osório, década de 30-40


Vejamos essas adoráveis moças no que hoje é o atual centro da cidade. Imagem simplesmente sensacional! Ao fundo, à direita, no prédio de madeira era onde funcionava o cinema da cidade. O local era chamado de "Cine Electon", depois "Cine Labor"...
Recordar é viver.


Por Marcos Evaldt

terça-feira, 24 de maio de 2016

A queda do Império Romano do Ocidente e o início da Idade Média

Império Romano em sua extensão máxima
(em: www.bussolaescolar.com.br)

O início da chamada Idade Média representou o fim de outra era: o domínio do Império Romano do Ocidente. Por volta do ano 100 d.C, o Império Romano abrangia aproximadamente metade da Europa, o Norte da África e parte do Oriente Médio. A arrecadação de impostos garantia a manutenção de um poderoso exército, que protegia as fronteiras e mantinha a ordem social. As cidades imperiais eram interligadas por estradas: as hoje famosas "estradas romanas". Vale lembrar que as cidades eram mantidas principalmente pelo excedente agrícola produzido por escravos. 

Mas enfim, o que levou o Império Romano a entrar em uma crise e uma posterior queda? Bem, vejamos alguns motivos pelos quais o Império declinou:

àCrise do escravismo: os romanos escravizavam muitas pessoas, entre elas, os derrotados nas guerras de conquista. Quando o Império Romano interrompeu sua expansão e deixou de promover guerras de conquistas, por volta do ano 100, o número de escravos caiu consideravelmente. Como o escravismo era a base dos pilares da riqueza romana, a falta de escravos gerou uma grave crise econômica.
àRuralização da economia: houve um enfraquecimento de atividades como a produção artesanal e o comércio. A consequência foi que milhares de pessoas ficaram sem trabalho e começaram a deixar as cidades para viver sob a proteção de grandes proprietários de terras. Assim, o meio rural começou a se tornar mais importante que o meio urbano.
àInvasões bárbaras: com a crise econômica, o Estado Romano deixou de arrecadar vários impostos. Com isso, faltou recurso, inclusive, para a manutenção do exército. Com essa situação, o Estado Romano fez alianças com os povos germânicos (bárbaros) que já ocupavam as fronteiras do Império. Além disso, os germânicos começaram a ser incorporados ao exército romano.

A divisão do Império Romano

Odoacro depondo Rômulo Augústulo
(em: drakkar.galeon.com)
Com as dificuldades de administração, o governo romano, no ano de 395, dividiu o império em duas partes: o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, e o Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla. Essa divisão foi feita pelo então imperador romano Teodósio.
Lembrando que durante tudo isso, os povos germânicos estavam pressionando as fronteiras, principalmente do norte do Império, intensificando a ocupação.

Roma é conquistada no século V, a cidade de Roma foi conquistada pelos povos bárbaros, liderados por Odoacro, os quais depuseram o então imperador romano Rômulo Augústulo. 
Tem-se, com isso, segundo os historiadores, o início do que hoje se entende por Idade Média, período que durou cerca de 1000 anos, do século V ao XV. 

BIBLIOGRAFIA:

PELLEGRINI, Marco César. DIAS, Adriana Machado. GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 7º Ano. 3. ed. São Paulo: FTD, 2015.

http://drakkar.galeon.com/. Acesso em 24/05/2016.

http://www.bussolaescolar.com.br/historia_geral/imperio_romano.htm. Acesso em 24/05/2016.

Por Marcos Evaldt

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Osório, década de 20

Isso mesmo! Vejamos na imagem abaixo como era o hoje centro da cidade de Osório, na década de 1920.
Simplesmente sensacional!
Fonte da imagem: Centro Cultural José do Patrocínio - Osório/RS.

Por Marcos Evaldt

Recolhendo o lixo


Aqui vai outra dica de aula a ser feita com os alunos de Ensino Fundamental ou Ensino Médio. Este planejamento pode ser feito com qualquer disciplina, mas adequa-se perfeitamente aos conteúdos de geografia (desenvolvimento sustentável), sociologia, filosofia e história (consumismo).

O professor, aproveitando o conteúdo trabalhado nos componentes curriculares acima expostos, pode relacioná-lo ao meio ambiente. Pretende-se, com esta (s) aula (s), conscientizar os alunos com relação ao lixo produzido pela sociedade de consumo atual, a qual, de forma desenfreada, trabalha para comprar e, com isso, trabalha para pagar suas dívidas, num ciclo frenético. A consequência disso, muitas vezes, é a produção em larga escala de lixo industrial, aquele que levará séculos e até milênios para se deteriorar. Um exemplo relevante são as sacolas plásticas, que são, muitas vezes, as causadoras de entupimento de bueiros nos centros urbanos.

A aula consistirá, primeiramente, em uma metodologia que leve à conscientização discente quanto aos problemas ambientais concretos na atualidade. A parte ativa dos alunos será da seguinte forma: no decorrer de uma semana (ou duas, ou 1 mês, a depender da ideia do professor), o aluno deverá NÃO descartar para a lata de lixo todo o material que seria descartado sem o pedido desta atividade. Exemplo: ao comer uma bala, o aluno deverá pôr a embalagem dela dentro de um saco plástico ou qualquer outra bolsa. Ao comer uma banana, o aluno deverá pôr a casca em uma sacola específica para os lixos orgânicos. Ou seja, ele deverá amontoar todo o seu lixo seco, no decorrer de uma semana, em uma embalagem apenas. Assim o fará com o lixo orgânico.


Em um dia pré-determinado, os alunos trarão seus lixos. Será feita uma análise de cada monte e conversado sobre as consequências do descarte errado do lixo. Poderá ser falado dos problemas ambientais que afetam as grandes cidades brasileiras, bem como das soluções para estes problemas: separação dos lixos seco e orgânico, não jogar lixo no chão, cobrar do Poder Público a coleta de resíduos etc..

Por Marcos Evaldt

domingo, 22 de maio de 2016

Osório, década de 70

Vejamos na imagem abaixo alguns blocos do desfile de 7 de setembro passando em uma avenida no centro de Osório. 
Contexto da época:
--> O Brasil estava passando pelo período ditatorial (1964-1985).
--> O mundo estava em plena Guerra Fria (conflito ideológico entre o capitalismo e o socialismo).

Por Marcos Evaldt

Osório, 1953

Vejamos na imagem uma cerimônia acontecendo durante os jogos esportivos da semana da pátria no ano de 1953. 
REGISTRO SENSACIONAL.


Por Marcos Evaldt

Osório, 1940

Vejamos na imagem abaixo, na Avenida Marechal Floriano, um evento acontecendo no "Dia do Reservista" do ano de 1940.
Contexto da época:
--> Brasil era governado por Getúlio Vargas, no Estado Novo (período ditatorial).
--> A 2ª Guerra Mundial estava no seu segundo ano.
Por Marcos Evaldt

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Maquiné, década de 50-60 (?)

Na fotografia, vemos a famosa ponte que liga a Rua Lindolfo Alves de Almeida (centro da cidade) à Ilha (localidade rural com forte presença da agricultura). Importante atentarmos que, abaixo, na fotografia, está escrito "Foto Adamatti". Teria sido esta foto feita pelo famoso fotógrafo da região e hoje falecido Arlindo Adamatti? Pelo que se percebe na fotografia, parecia estar ocorrendo uma cerimônia, de inauguração da barragem talvez? ("barragem" é como é conhecida a ponte pelos munícipes). Interessante analisarmos também o veículo que aparece na fotografia. Modelo símbolo dos "tempos antigos".
Fotografia encontrada no Centro Cultural José do Patrocínio, em Osório/RS.

Por Marcos Evaldt

domingo, 8 de maio de 2016

Osório, 1953

Semana da Pátria (7 de setembro, comemoração da independência do Brasil) do ano de 1953. Na foto, podemos ver a chegada do fogo simbólico, que era uma tocha que percorria longas distâncias antes de chegar no local simbólico (que vemos na imagem). Sensacional registro!


Por Marcos Evaldt

domingo, 1 de maio de 2016

#Rousseau

Publicação feita no Facebook do Quero História na net: Acesse aqui

e no Instagram: quero_historiananet

Obra: Os devaneios do caminhante solitário



Por Marcos Evaldt

domingo, 24 de abril de 2016

Morro Alto, década de 60

Vejamos na imagem o time do Maracanã. Aliás, o famoso time do Maracanã, muitas vezes campeão municipal de Maquiné. Este jogo, provavelmente, ocorreu em Morro Alto, sede do time, até hoje.Vale lembrar que Maquiné, até 1992, era distrito de Osório. E Morro Alto, hoje, é distrito de Maquiné.

Conseguimos o nome de alguns jogadores:

Em pé, da esquerda para a direita: Cláudio, Osvaldo, Vitorino, Oscar, Edilon, ( ? ), ( ? ) e Santo.
Agachados, da esquerda para a direita: Rubens, ( ? ), ( ? ), ( ? ), Balduino e ( ? ).


Por Marcos Evaldt.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

Maquiné, 2001

Publicação feita no extinto jornal "Folha de Maquiné", em 11 de outubro de 2001, pela então professora da escola estadual Langendonck, Olga Neubert Mansan. Publicação esta que tratou de mudanças na educação.
Registro sensacional.



Por Marcos Evaldt

domingo, 27 de março de 2016

Maquiné, década de 60

TIME MIRIM DO CRUZEIRO DO SUL! 
Time perfilado para jogo preliminar do campeonato municipal de Osório. Partida aconteceu contra outro time da categoria mirim. Após a preliminar, o time principal (adulto) do Cruzeiro jogou pelo campeonato municipal. Jogo realizado em Maquiné, e o campo localizava-se do outro lado da margem do rio Maquiné.

Fotografia e informações fornecidas por Lauro Schimidt, comerciante no município de Maquiné.


Por Marcos Evaldt

Maquiné, década de 90

Era uma brincadeira tradicional ocorrer em determinada época do ano um jogo entre o time de bombacha e o time de saia. Notemos ai na fotografia o time de saia. Tem que ser muito macho pra jogar desse jeito! Excelente registro. Muitos conhecidos maquinenses na foto. FOTO DE 1995 (conforme o fornecedor do registro).

Fotografia fornecida por Lauro Schimidt, comerciante no município de Maquiné.


Por Marcos Evaldt

Maquiné, 1941

Comemoração do 7 de Setembro na famosa Escola Langendonck, no centro de Maquiné! A escola, que hoje situa-se na Avenida General Osório, ao lado direito na direção Maquiné - Barra do Ouro, antigamente situava-se 100 metros antes, ao lado esquerdo, (onde hoje é a famosa PADARIA) e tomava parte da Avenida General Osório (segundo a fornecedora do registro). Na fotografia podemos admirar adoráveis mocinhas dançando para seus pais, familiares e amigos, fazendo "ginásticas", "bailados", o que era o comum na comemoração do 7 de Setembro da época.

Fornecedora do registro: Celina Zimmer Alves, professora de educação infantil aposentada.


Por Marcos Evaldt

Maquiné, 1941

ADORÁVEIS MOÇAS, ALUNAS DA ESCOLA LANGENDONCK, EM APRESENTAÇÃO NO 7 DE SETEMBRO. Na ocasião, as alunas fizeram apresentações para seus pais e conhecidos da localidade, o que, na verdade, era uma tradição da época nesta data na localidade.

Foto fornecida por Celina Zimmer Alves, professora de educação infantil aposentada.




Por Marcos Evaldt

Barra do Ouro, 1966

Excursão de uma escola da localidade do Despraiado -BR-101, Maquiné- (segundo a fornecedora do registro) até o distrito de Barra do Ouro, em Maquiné. Muitas professoras conhecidas na fotografia... E notem em cima do caminhão o modo de transporte utilizado para a excursão na época. No mínimo DIFERENTE do atual. Notem também o veículo utilizado... FANTÁSTICO!
Fotografia fornecida por Celina Zimmer Alves, professora de educação infantil aposentada.


Por Marcos Evaldt


Maquiné, década de 60

Maquiné, nessas imagens, se apresenta como vítima de uma grande enchente, que trouxe caos ao vale maquinense, assim como foi em 2007 e 2008. Na primeira imagem, em cima à esquerda, podemos notar o avanço que teve o Rio Maquiné sobre a atual estrada beira-rio (notemos também as vestimentas da época. Risos...). Na segunda, em cima à direita, notemos o nível que a água atingiu, SOBRE A ESTRADA!. Na terceira, abaixo, moradores com o veículo mais comum da época no vale, a charrete, provavelmente "salvando" pertences da enchente. Nesta última imagem, devemos enfatizar também a voracidade das águas que avançaram sobre as estradas marginais.

Imagens cedidas por Celina Zimmer Alves, professora de educação infantil aposentada.


Por Marcos Evaldt

Maquiné, década de 80

Vejam como era e como é que está! Notem que onde hoje é a Loja Anita, naquela época era a famosa Eletrobopsin. E o que hoje também não tem mais são as charmosas Loja Pugen e Açougue Dalsotto, que era do famoso maquinense “Bimba”. Segundo a fornecedora do registro, o Loja Pugen trabalhava com a venda de roupas (vestuário). Notem também, ao fundo da foto de cima, como era o prédio do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Maquiné, em comparação com o atual, na fotografia de baixo.

Foto fornecida por Anita Isoppo, comerciante no município de Maquiné.


Por Marcos Evaldt

Maquiné, década de 70

CRIANÇAS DA ESCOLA LANGENDONCK A FRENTE DO FOGO SIMBÓLICO, NA SEMANA DA PÁTRIA. 

O fogo simbólico simbolizava o amor pela pátria e, nas décadas passadas, havia uma cerimônia para acender esse fogo, inicialmente, em alguma região do país. Após, outras localidades “recebiam” este fogo e colocavam em alguma parte de seu distrito ou cidade. Em Maquiné, o local do fogo era em uma base de concreto em frente à Igreja Católica do centro da atual cidade. Este fogo era buscado em Osório por várias equipes, muitas vezes a pé, e quando chegava em Maquiné, uma dupla de alunos das escolas da região era responsável por vigiar o fogo. Ao final do dia 7 de Setembro o fogo era apagado em uma cerimônia.
Foto fornecida por Anita Isoppo, comerciante no município de Maquiné.

Por Marcos Evaldt

sexta-feira, 25 de março de 2016

Maquiné, década de 80

Sensacional registro!

Vejamos um bloco de crianças caracterizadas no desfile cívico da data. 
Emocionante!

Registro encontrado no Centro Cultural José do Patrocínio em Osório.

Por Marcos Evaldt

Maquiné, década de 80

Vejamos esse sensacional registro, que mostra o desfile cívico (7 de setembro) da época. Olhem o design do veículo que aparece na foto. O desfile ocorreu na Avenida General Osório, hoje asfaltada, e que na ocasião, visualmente apresenta um simples calçamento. Ao fundo, o salão paroquial da Igreja Católica, existente ainda hoje. 


Fotografia encontrada no Centro Cultural José do Patrocínio, em Osório.


Por Marcos Evaldt

sábado, 19 de março de 2016

Maquiné, 24 anos de emancipação

AMANHÃ, 20 DE MARÇO DE 2016, TERÃO PASSADOS 24 ANOS DA EMANCIPAÇÃO DO MUNICÍPIO, QUE OCORREU EM 20 DE MARÇO DE 1992.

Vamos contar, agora, um pouco da História deste município do litoral norte gaúcho. Para tanto, utilizaremos uma obra demasiadamente importante para a localidade, desenvolvida pela ONG ANAMA, de organização de Dilton de Castro, e com participação do historiador Sérgio Antônio Dalpiaz.

O nome Maquiné é oriundo da linguagem indígena, que pode significar: Passo do Diabo, Gota que Pinga, ou Grande Ave que Voa, porém se admite a primeira hipótese como mais provável, uma vez de que na confluência do Rio Maquiné com a Lagoa dos Quadros, local de onde se originou o nome, existe uma travessia de balsa e que, em dias que sopra o vento nordeste com intensidade, torna-se difícil a travessia devido ao tamanho das ondas.
A história da ocupação das terras da região de Maquiné remonta da presença de indígenas coletores, pescadores e caçadores que moravam espalhados pelo litoral do sul do Brasil. No entanto, como território de passagem de povos nômades, a região também pode ter sentido a presença dos povos das História Natural e Cultural de Maquiné 47 florestas, que se alimentavam de caça, pesca, frutas e coleta do pinhão, e dos povos dos cerritos, que eram índios de origem pampeana que construíam aterros circulares chamados “cerritos”. Sabe-se que, nos últimos dois mil anos, outros povos indígenas da região da Amazônia e da região do Prata também se assentaram na região, trazendo a cerâmica e o cultivo de
Cascata do Garapiá
vegetais e formando os povos guaranis. 

No início da ocupação do território por açorianos, a Guerra Guaranítica e a Invasão Espanhola do século XVIII fizeram com que os índios que sobreviveram à morte e à escravização pelos portugueses se espalhassem por outras áreas em busca de territórios mais seguros. Alguns dos índios guaranis que restaram se mesclaram à comunidade de origem negra que veio trazida pelos portugueses. 

Cascata da Forqueta
Os negros, igualmente fugidos da escravidão, se assentaram no Morro Alto, formando ali pequenas comunidades, os quilombos. Negros e indígenas passaram a viver juntos para se defender dos portugueses, refugiando-se em áreas de difícil acesso, cujas trilhas, por sua vez, eram bem conhecidas dos índios. Esses quilombos, interligados por trilhas na mata, eram constituídos de casas de pau-a-pique e pequenas roças. Inclusive, alguns agricultores das proximidades de onde se situa a sede do município ainda hoje encontram vestígios da presença de índios mais antigos ao trabalhar a terra. Na atualidade ainda existem índios morando na região, os M’Byá Guarani, cuja habilidade nos tramados dos artesanato das coberturas das casas exibe seu talento no uso de materiais naturais. Muito da história dos M’byá Guarani na Terra Indígena da Barra do Ouro, no entanto, ainda está para ser registrada. Enquanto posse de autoridades portuguesas, no início do século XIX, as terras pertencentes ao atual município de Maquiné não foram imediatamente colonizadas, sendo vendidas ou passadas por herança até que os primeiros colonizadores, provindos da ilha de Santa Catarina aqui se instalaram por volta de 1840, com seus escravos e suas fazendas de cana-de-açúcar. Os negros trazidos como escravos para trabalhar nas lavouras de cana foram utilizados também nos confrontos citados anteriormente, que ocorreram nas cercanias de Conceição do Arroio (atual Osório). De 1809 a 1857, a região de Maquiné pertenceu a Santo Antônio da Patrulha e com a colonização das terras pelos europeus deu-se o início o processo de transformação da paisagem de florestas em plantações.

Igreja Católica em Maquiné
Maquiné, que já recebeu os nomes de Vila Cachoeira e Daltro Filho no passado, era uma fazenda dentro de Barra do Ouro, que, por sua vez, se chamava distrito Marquês do Herval. A rapidez na construção da primeira igreja (inclusive com ajuda da comunidade protestante) em 1912 demonstrou o interesse do povoado de Maquiné em se tornar um distrito, nesse tempo já administrado por Conceição do Arroio. Imigrantes italianos, atraídos pelas terras férteis de Barra do Ouro desceram de Caxias do Sul pela Serra do Umbu entre os anos 1875 e 1885. Famílias de alemães também se fixaram no local. Em 1896, segundo o Professor Dalpiaz, já como colônia predominantemente italiana, Barra do Ouro contava com casas comerciais, ferraria, sapataria e fábrica de cerveja, além da produção agrícola (milho, feijão, trigo) e de vinho. Em 1911 foi terminada a construção da estrada a Taquara pela Serra da Boa Vista. Sua população chegou a cerca de 2.300 habitantes em 1920, sendo também o distrito exportador de porcos, especialmente para aquele município, que era um plo regional na época. A história de Maquiné registra ainda a passagem de cerca de 900 russos, mas a maioria, por não receber as terras a eles prometidas, se mudou para Rolante e outras localidades próximas. O transporte era feito por água, com balsas à vela ou empurradas com varejões de taquara, que aportavam na Lagoa da Pinguela, próxima a Osório. O porto de Maquiné foi inaugurado em 1922, e desativado em 1950 com a construção da BR 101 e três anos após um grave acidente de barco. Na época em que funcionava o porto, a produção agrícola da região era por ele escoada, sendo que passava por diversas baldeações até encontrar seus consumidores finais, a exemplo de Capão da Canoa.
Inclusive, Maquiné e Capão da Canoa sempre foram cidades parceiras. Enquanto Maquiné abastecia Capão com seus produtos coloniais, tijolos e telhas, a praia era também aproveitada por seus moradores, que, em conjunto, disputavam torneios de futebol, promoviam bailes e festividades. Era famoso, em Capão, o Hotel Monteiro, onde almoçavam os viajantes. Dessa forma, muitos maquinenses foram morar em Capão da Canoa, o que estreitou ainda mais os laços entre as duas cidades. Maquiné ainda hoje fornece produtos a Capão e também recebe seus moradores e turistas que buscam o lazer, as paisagens rurais, naturais e as cachoeiras da região. A construção da BR 101, nos anos 1950, mudou bastante o panorama das comunidades locais, em especial, a comunidade negra do Morro Alto, que História Natural e Cultural de Maquiné 49 passou a viver da extração de minério e de pequenos comércios de beira de estrada. Com a ampliação da rodovia, outros imigrantes, desta vez vindos do nordeste brasileiro, chegaram na metade da primeira década do século XXI para acrescentar à miscigenação cultural local. Atualmente, na cidade se cultivam produtos hortigranjeiros, sendo estes consumidos no local e também exportados para o litoral e para Porto Alegre, de onde são importados diversos bens manufaturados. A agricultura de base ecológica ainda é pequena, a maioria das lavouras subsiste com o uso de agrotóxicos. Para alguns moradores do passado, as florestas de Maquiné eram sinô- nimo de liberdade, para outros, juntamente com a abundância de suas águas, eram a razão da riqueza do solo. Hoje, além dos moradores tradicionais, Maquiné conta com muitos “moradores de final de semana”, pessoas de diversas regiões que buscam lazer e descanso. Outros que vêm de fora para ali morar buscam uma forma de vida mais livre e ligada à natureza. Nenhum deles, no entanto, escapa à força das águas, que de tempos em tempos inunda os caminhos, as plantações e as casas, transformando a paisagem e nutrindo outras vidas na floresta.

BIBLIOGRAFIA:

CASTRO, Dilton de. História Natural e Cultural de Maquiné. Porto Alegre: Via Sapiens, 2009.

Por Marcos Evaldt