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quarta-feira, 31 de julho de 2013

O Sorteado da Promoção do mês de julho

Através de um sorteio realizado ontem, dia 30, por um programa da internet, entre 415 pessoas, onde todas curtiram Quero História na net no Facebook, Felipe Ferreira, residente em Maquiné, foi o contemplado e ganhou o Livro "O Cortiço", de Aluisio Azevedo. 
Parabéns Felipe!
Aguardem para ver qual será a nova promoção do mês e os métodos a serem utilizados para alcançar o prêmio.

Felipe, o vencedor

Por Marcos Evaldt


segunda-feira, 29 de julho de 2013

Última Parte da Entrevista: publicações do professor Sergio


Um bom dia a todos os leitores do blog. Hoje a postagem refere-se à última parte da entrevista realizada com o professor Sergio, que, encontrando-se aposentado da função de docente, dedica-se agora à pesquisa.
Como dito nas postagens anteriores, dentre as muitas atividades importantes que realizou na região onde mora (Litoral Norte Gaúcho), destacam-se as suas participações no projeto Enciclopédia dos Municípios do Rio Grande do Sul (DVD, 2002), onde sua ênfase neste projeto foi em questões históricas do município de Maquiné e no evento Raízes, que, relembrando:

O Raízes, evento que promove o encontro e debates entre os 77  municípios originários de Santo Antônio da Patrulha [...]. Realizado a cada ano em um município descendente de Santo Antônio [...] que está entre as quatro mais antigas do estado . De 1990 até hoje, o evento Raízes já visitou 18 municípios originários. (Em http://portal.cnm.org.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=138839).

Relacionado ao Raízes, Sergio, na entrevista, enfatizou e forneceu inclusive cópia de suas participações em Raízes de Capão da Canoa, Raízes de Osório e Raízes de Santo Antônio da Patrulha: mulheres patrulhenses fazendo história II.
Em Raízes de Capão da Canoa, o título do trecho de sua participação foi o seguinte: “Maquiné e Capão da Canoa: Irmãos que fazem História”. Em seu texto, baseado em muito estudo regional, Sergio enfatiza a harmonia, na década de 1950, entre os então distritos, quando as duas localidades se abraçaram economicamente, turisticamente e esportivamente:

Enquanto Capão da Canoa desenvolvia seu potencial turístico, Maquiné com suas terras férteis e uma população laboriosa abastecia a praia com produtos coloniais e depois passa a produzir tijolos e telhas em larga escala, tendo Capão da Canoa como maior centro consumidor. [...] Os jogos de futebol entre as equipes de Maquiné e Capão da Canoa, normalmente eram realizadas aos domingos, porém a viagem da equipe visitante ocorria no sábado, pois à noite haveria baile de confraternização.(BARROSO, 2004).

1945 - embarcação no trecho Maquiné-Osório (1)
Já em Raízes de Osório, o trecho de participação do nosso entrevistado ganhou por ele o nome de “Maquiné – Osório: Laços Históricos. Nesta publicação, embasada em sua pesquisa, Sergio enfatiza os laços históricos que envolvem Maquiné e Osório, desde a época em que este último, ainda denominado Conceição do Arroio, emancipa-se de Santo Antônio da Patrulha, em 1857, tornando Maquiné seu distrito.
Vejamos alguns trechos interessantíssimos, instigantes e mágicos desta publicação:

[...] Outra alternativa para as pessoas chegarem de Maquiné a Osório, ou vice-versa, a pé ou a cavalo era atravessando o “Morro da Vigia”, cujo atalho se iniciava na localidade de Despraiado e terminava em Aguapés, encurtando o caminho em vários quilômetros. [...] O serviço de Correios entre Barra do Ouro, Maquiné e Osório era feito por um estafeta que transportava em burros e entregava a correspondência nos postos de Correios existentes nos distritos. [...] Em 1922, foi criado o porto fluvial de Maquiné, mantido pelo DEPREC, órgão público estadual. Com a abertura dos canais ligando as lagoas já podia ser feito o transporte de passageiros e cargas até o porto lacustre de Osório. [...] Por volta de 1950, surge a primeira linha de ônibus entre Maquiné e Osório[...]. (BARROSO, 2004).

1926 - local do atual centro de Maquiné.  (2)
E em Raízes de Santo Antônio da Patrulha: mulheres patrulhenses fazendo história II, a parte de Sergio Antonio Dalpiaz recebe o título de “Maquiné: um antigo povoado de Santo Antônio da Patrulha através das atas da Câmara Municipal (1836-1857)”.
Em sua pesquisa para esta publicação, professor Sergio “investiga” as atas da Câmara Municipal de Santo Antônio da Patrulha cujos textos citavam Maquiné. Uma excelente ideia que resultou em uma excelente historiografia. Vejamos alguns trechos de sua publicação neste livro:

Antes da Proclamação da República, os municípios eram governados pelas Câmaras Municipais. Essas não apenas legislavam sobre as posturas, mas tinham inúmeras atribuições, tais como: fazer cumprir as Leis do Império e da Província, cobrar impostos, ordenar despesas, executar obras públicas, atender ou não pedidos de providências dos Juízes de Paz e outras. [...] Ao analisarmos parte da transcrição das atas da Câmara de Vereadores de Santo Antônio da Patrulha, período de 1836 até a emancipação do Distrito de Conceição do Arroio, em 1857 [...] comprovamos a existência de Maquiné como povoado integrante desse município. As atas correspondentes aos anos de 1809 a 1835 foram destruídas durante a Revolução Farroupilha. Uma perda irreparável! (BARROSO, 2012).

Estas foram apenas algumas demonstrações do trabalho do professor Sergio. Digamos que um aperitivo antes de um profundo estudo que objetive o conhecimento da região. Deixa-se claro que as publicações abordadas referem-se à região do litoral norte gaúcho, porém, você leitor e residente de outras regiões não sinta-se desvalorizado com tal entrevista, mas, em uma perspectiva futura, que estas postagens sirvam de impulso para a procura do conhecimento sobre SUA região.
E quanto ao professor Sergio Antonio Dalpiaz, deixo os meus mais sinceros agradecimentos, pois a contribuição que ele deu ao blog exemplifica e caracteriza o pesquisador humilde que é, apesar de toda a sua fama no cenário historiográfico gaúcho. Obrigado.

FONTES: (Inclusive das imagens)

BARROSO, Vera Lucia Maciel; LUCK, Fernando. Raízes de Santo Antônio da Patrulha: mulheres patrulhenses fazendo história II. Porto Alegre: EST, 2012. 

BARROSO, Vera Lucia Maciel; ESPÍNDOLA, Luís André; FLORENTINO, Renata Feldens. Raízes de Capão da Canoa. Porto Alegre: EST, 2004.


BARROSO, Vera Lucia Maciel; KLEIN, Ana Inez; SCHOLL, Marly. Raízes de Osório. Porto Alegre: EST, 2004. (fonte também das imagens 1 e 2).

Professor Sergio Antonio Dalpiaz.

http://portal.cnm.org.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=138839.

Por Marcos Evaldt de Barros



quinta-feira, 18 de julho de 2013

O Resgate da História do Litoral Norte Gaúcho: achados arqueológicos do professor Sergio


A entrevista realizada no dia 08 objetivava apenas a aquisição de alguns registros fotográficos antigos, bem como a captura de algumas informações historiográficas do entrevistado. Porém, ao chegar na residência do pesquisado e sendo muito bem recebido, percebi a boa vontade de Sergio Antonio Dalpiaz e sua disposição no sentido de querer transmitir seus conhecimentos. Em pouco tempo já me vi com um conhecimento maior sobre a região em que vivo, bem como sobre o Rio Grande do Sul, literalmente.
Após comprovar sua participação em muitos eventos especiais de História, Sergio me levou até uma parte de sua casa a qual senti ser especial para ele: seu “escritório” de estudo, digamos assim. De uma caixa ele tirou vários registros fotográficos fantásticos, bem como documentos que fazem o espectador viajar no tempo. Explicou-me sobre várias coisas relacionadas àqueles documentos e posteriormente me levou à frente de outra caixa, a qual possuía objetos muitos preciosos: achados arqueológicos!
Estes objetos são todos feitos de pedra e, segundo Sergio, eram utensílios muito usados pelos indígenas da região há muitos séculos atrás. Outra coisa importantíssima a se ressaltar é que esses utensílios utilizados por civilizações indígenas antigas foram achados na região de Maquiné, como por exemplo um machado de pedra encontrado na região de Faxinal do Morro Alto (no trecho que liga às praias – RS 407). Este machado, segundo Sergio, não seria de uso comum, cotidiano, mas seria um símbolo da força e, provavelmente, de propriedade do pajé. Professor Sergio chama a atenção para os detalhes do acabamento. Vejamos:

Machado muito pesado. Notem nas bordas as cavas para fixação do cabo
Se o machado mostrado acima não era de uso comum, este, ao contrário, e também sob os cuidados de Sergio, era utilizado no cotidiano:

Machado de pedra mais leve

   Olhem agora para este objeto, que segundo Sergio era utilizado para quebrar coco, o qual, carinhosamente, o entrevistado chama de “quebra-coco” e foi encontrado na localidade da Prainha (margens da BR-101):

À esquerda o quebra-coco e à direita demonstração de como se quebrava o coco

       Interessantíssimo também é este objeto de pedra, também encontrado em Maquiné, que se encaixa perfeitamente nos dedos das mãos e que, segundo Sergio, poderia ter sido uma espécie de soqueira e uma arma utilizada por indígenas guerreiros para defender suas aldeias:

À esquerda a soqueira e à direita Sergio segurando no modo correto

      Por último, mostro esta curiosa pedra, que foi utilizada, segundo o entrevistado, em diversas atividades, como cavar, lascar e cortar, e que de certo ângulo de visão representa uma ave: a caturrita, conforme afirma o professor Sergio. Segundo ele, esta pedra poderia ser um exemplo de zoólito, que eram esculturas confeccionadas em pedra, e que representavam os animais da fauna de determinada região:

esquerda: machado/vista superior; centro: machado/parte inferior; direita: pássaro caturrita
    Agora ficamos com a pergunta: qual a datação destas relíquias? Bem, Sergio não precisou a data, porém atentou para um período de, com certeza, mais de 1000 anos atrás, devido a seu conhecimento em arqueologia. E com relação ao termo indígenas, citado neste texto, vale saber:

Os indígenas que viviam nas terras onde hoje é o Rio Grande do Sul, antes da chegada dos europeus, pertenciam a três grupos: os guarani, os jê e os pampianos. Os guarani ocupavam o litoral, a parte central até a fronteira com a Argentina, os jê habitavam parte norte junto a Santa Catarina e os pampianos se localizavam ao sul junto do Uruguai.

Portanto, provavelmente estes utensílios antigos de pedra pertenciam e eram fabricados por índios guaranis, encontrados no litoral norte gaúcho.
Aguardem, em breve a 3ª e última parte da entrevista com o "professor Sergio", como é popularmente conhecido na região onde mora. Nesta última parte será abordada a questão do desmembramento de Santo Antonio da Patrulha e a origem de alguns outros municípios. Esta questão será embasada nas publicações de Sergio Antonio Dalpiaz.
Até a próxima.

FONTES:
http://f1colombohistoriando.blogspot.com.br/2012/07/indios-os-primeiros-habitantes-do-rio.html.

Sergio Antonio Dalpiaz, docente em História aposentado e pesquisador.

Por Marcos Evaldt


sábado, 13 de julho de 2013

O Resgate da História do Litoral Norte Gaúcho: saiba onde pesquisar

Bom dia caríssimos leitores!
Historiador Sergio Antonio Dalpiaz
Esta postagem será a primeira de uma série que abordará questões históricas de Santo Antônio da Patrulha e seu desmembramento. E nesta primeira postagem, mais do que um conhecimento histórico, tentar-se-á passar o modo de como poderá ser adquirido este conhecimento. A série baseou-se em uma aquisição de materiais e entrevista fornecida por Sergio Antonio Dalpiaz, residente no município de Maquiné. Sergio é aposentado na função de docente em História, frequentou curso de suficiência na UFRGS, em 1969, e atualmente dedica-se à pesquisa.
Alguns registros fotográficos que foram fornecidos por Sergio encontram-se na página do Quero História na net no Facebook. Acesse: https://www.facebook.com/querohistoria?ref=hl.
A entrevista foi realizada no dia 08 de Julho deste ano, e contou com uma simpatia enorme do entrevistado, que acolheu o entrevistador (eu!) com muito carinho e disposição. Sergio prontificou-se a ajudar novamente quando fosse necessário.
Sergio participou do projeto Enciclopédia dos Municípios do Rio Grande do Sul (DVD, 2002). Sua ênfase neste projeto foi em questões históricas do município de Maquiné.
DVD Enciclopédia dos Municípios do Rio Grande do Sul
Segundo Sérgio Antonio Dalpiaz, em 1809, foram criados os primeiros municípios do Rio Grande do Sul, num total de quatro: Rio Pardo, Rio Grande, Porto Alegre e Santo Antônio da Patrulha. Os municípios que hoje fazem parte do Litoral Norte têm suas origens em Santo Antônio da Patrulha. Osório, por exemplo, foi emancipado somente em 1857; Maquiné apenas em 1992 (já fazia parte de Osório e não mais de Santo Antônio da Patrulha). 
Com Osório emancipando-se em 1857, Maquiné passa a ser um povoado deste último, tornando-se distrito apenas em 1914. (Por Sergio Antonio Dalpiaz). 
Raízes 2009: 200 anos de criação
do município de Santo Antônio da Patrulha
Estas e várias outras questões históricas e curiosas da região podem ser encontradas também nas publicações de Raízes, evento de ideia da historiadora patrulhense Vera Lúcia Maciel Barroso, e que também ganhou forma em vários livros, cujo objetivo principal  é o resgate histórico dos municípios originários de Santo Antônio da Patrulha. Observação importantíssima: O Raízes possui inúmeras participações de Sergio Antonio Dalpiaz, como por exemplo em Raízes de Capão da Canoa, Raízes de Osório e Raízes de Santo Antônio da Patrulha. As próximas postagens abordarão sua participação nessas publicações.
Entenda mais o Raízes:
"O Raízes, evento que promove o encontro e debates entre os 77  municípios originários de Santo Antônio da Patrulha [...]. Realizado a cada ano em um município descendente de Santo Antônio [...] que está entre as quatro mais antigas do estado [...] 2009 marca os 20 anos e a 3ª edição no município. As duas outras edições foram realizadas nos anos de 1990 e 1999. [...] Segundo sua idealizadora, a Historiadora patrulhense Vera Lúcia Maciel Barroso, a idéia pertence sim à região. Vera afirma que a região nordeste do Rio Grande do Sul, em sua história é hoje a mais pesquisada e estudada em todo o estado. De 1990 até hoje, o evento Raízes já visitou 18 municípios originários.  A historiadora relembra que o evento tem a ideia de perceber e reconhecer a importante história que Santo Antônio da Patrulha, assim como Porto Alegre, Rio Grande e Rio Pardo tiveram naquela época, quando da criação de suas Câmaras de Vereadores, fundamentais para a formação e definição de um estado gaúcho concretizado." (Em http://portal.cnm.org.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=138839)

Portanto, desde 1990 o Raízes vem se aprofundando em questões históricas da região e não deixando o passado ser apagado.
Em breve as novas postagens abordarão, de fato, um estudo histórico da região, com vários registros fotográficos e ensinamentos do mestre Sergio Antonio Dalpiaz.
Aguardem!
Até a próxima.

FONTES CONSULTADAS:
http://portal.cnm.org.br/003/00301009.asp?ttCD_CHAVE=138839

Sergio Antonio Dalpiaz - pesquisador.

Por Marcos Evaldt


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Promoção do mês


Salve, salve galera! promoção lançada! 
Como já sabem, todo fim de mês tem sorteio de livro aqui no Quero História na net! Todo dia 30 de cada mês é realizado o sorteio. Neste mês o sorteio será realizado entre as pessoas que curtirem a página do Quero História no facebook. Então bora lá curtir e aguardar o sorteio!

Link para curtir a Fan Page: https://www.facebook.com/querohistoria?ref=hl


LIVRO QUE SERÁ SORTEADO: "O CORTIÇO", DE ALUÍSIO AZEVEDO, patrocinado pela Livraria e Bazar Isabella. (sorteio a ser realizado no dia 30). Observação: tem que curtir a página.



Por: Marcos Evaldt

sábado, 6 de julho de 2013

Parceria que premiará o leitor

Bom dia caríssimos leitores!
Hoje venho trazer uma ótima notícia a você que acompanha as postagens do blog, da fan page e do twitter.
Foi acertado nesta semana uma parceria com a Livraria e Bazar Isabella - M. da Silva Livraria, de minha amiga e seguidora das postagens Márcia da Silva. Tal parceria, creio eu, conta com um único objetivo: premiar os que acompanham o Quero História na net. Por que digo isso meus caros seguidores? Porque não há o objetivo, da parte do Quero História, de arrecadar dinheiro, muito menos de se aproveitar, de alguma forma, do sacrifício empresarial da nova parceria. O único objetivo do Quero História na net será adquirir, MENSALMENTE, o patrocínio de UM livro. Este livro será a premiação aos seguidores, que, acompanhando o Quero História, saberão de que forma poderão ser premiados. 
Portanto, fique atento às publicações do Quero História aqui no blog, no twitter e na fan page, e saiba como concorrer mensalmente a uma obra literária.

O logo da  Livraria e Bazar Isabella - M. da Silva Livraria já encontra-se na interface do blog, e, para acessar esta postagem  a qual está lendo, e assimilar ainda mais os objetivos desta parceria, bastará, futuramente, clicar no logo da página inicial. 

INFORMAÇÕES SOBRE A PARCEIRA: 
Livraria e Bazar Isabella - M. da Silva Livraria

Rua/Av.: Avenida General Osório, 972
Cidade: Maquiné/RS
Fone: (51) 3628-1245

















Por: Marcos Evaldt