Do dia 25 de julho a 01 de agosto de 2015 estive
em Ouro Preto, cidade do estado de Minas Gerais. Conhecer esta cidade já era um
sonho antigo: falar em Ouro Preto é falar na história do Brasil colonial. A
primeira capital do Brasil, Salvador, representou a força da economia
açucareira brasileira. E, também por questões político-econômicas, a capital do
Brasil desloca-se, no século 18, para o sudeste, mais precisamente na cidade do
Rio de Janeiro. Esta mudança ocorre no contexto do ciclo do ouro, que tinha
como cidade nuclear a famosa Vila Rica (atual Ouro Preto). Entretanto, devemos
ficar atentos ao seguinte: Há exagero em dizer que a extração do ouro liquidou
a economia açucareira do Nordeste. Ela já estava em dificuldades vinte anos
antes da descoberta do ouro e, como vimos, não morreu. (FAUSTO, 2013, p. 87).
Para Vila Rica iam pessoas que sonhavam com
uma vida de luxo: queriam enriquecer com o ouro lá existente. Mas é claro, hoje
sabe-se que o sistema do ouro no Brasil colonial foi muito complexo
(fiscalização, casas de fundição, revoltas populares, escravidão etc.).
Pretendo aqui sugerir a todos a visita a esta
cidade. É realmente um mundo diferente: Respira-se o passado. É claro que,
anteriormente à ida, estudei o que lá tinha de mais “top” na questão de
história. Chegando lá, foi apenas curtir o desfrute do momento. Outras coisas,
fiquei sabendo lá mesmo que existiam. E, é claro, os guias estão por toda a
parte para te dar informações. É uma cidade muitíssimo receptiva. A população
sabe acolher os turistas. Interessante também é que o centro histórico
conserva, integralmente, a arquitetura colonial. Bancos, lojas, mercados, tudo
fica em um espaço físico com arquitetura setecentista ou oitocentista (séculos
18 e 19, respectivamente). Um exemplo: dormi em um albergue que sua estrutura
originária tinha 250 anos, aproximadamente. Ao lado do albergue, onde hoje há
um restaurante, no século 18 era uma senzala. Você está caminhando pela cidade
e, de repente, passa por uma casa onde há uma placa dizendo: “Aqui morou
Tiradentes”. O passeio foi mágico. Antes das fotos, vamos a um breve
entendimento histórico sobre a atual cidade de Ouro Preto.
A origem de
Ouro Preto está no arraial do Padre Faria, fundado pelo bandeirante Antônio
Dias de Oliveira, pelo Padre João de Faria Fialho e pelo Coronel Tomás Lopes de
Camargo e um irmão deste, por volta de 1698.
Pela junção desses vários arraiais, tornando-se sede de conselho, foi elevada à categoria de vila em 1711 com o nome de Vila Rica. Em 1720 foi escolhida para capital da nova capitania de Minas Gerais. Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 1839 foi criada a Escola de Farmácia e em 1876 a Escola de Minas. Foi sede do movimento revolucionário conhecido como Inconfidência Mineira. Foi a capital da província e mais tarde do estado, até 1897. A antiga capital de Minas conservou grande parte de seus monumentos coloniais e em 1933 foi elevada a Patrimônio Nacional, sendo, cinco anos depois, tombada pela instituição que hoje é o IPHAN. Em 5 de setembro de 1980, na quarta sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, realizada em Paris, Ouro Preto foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade.
Em 1897 Ouro Preto perde o status de capital mineira, especialmente por não apresentar alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, sendo a sede transferida para o antigo Curral Del’Rey (onde uma nova cidade, Belo Horizonte, planejada e espaçosa, estava sendo preparada).
Pela junção desses vários arraiais, tornando-se sede de conselho, foi elevada à categoria de vila em 1711 com o nome de Vila Rica. Em 1720 foi escolhida para capital da nova capitania de Minas Gerais. Em 1823, após a Independência do Brasil, Vila Rica recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por D. Pedro I do Brasil, tornando-se oficialmente capital da então província das Minas Gerais e passando a ser designada como Imperial Cidade de Ouro Preto. Em 1839 foi criada a Escola de Farmácia e em 1876 a Escola de Minas. Foi sede do movimento revolucionário conhecido como Inconfidência Mineira. Foi a capital da província e mais tarde do estado, até 1897. A antiga capital de Minas conservou grande parte de seus monumentos coloniais e em 1933 foi elevada a Patrimônio Nacional, sendo, cinco anos depois, tombada pela instituição que hoje é o IPHAN. Em 5 de setembro de 1980, na quarta sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da UNESCO, realizada em Paris, Ouro Preto foi declarada Patrimônio Cultural da Humanidade.
Em 1897 Ouro Preto perde o status de capital mineira, especialmente por não apresentar alternativas viáveis ao desenvolvimento físico urbano, sendo a sede transferida para o antigo Curral Del’Rey (onde uma nova cidade, Belo Horizonte, planejada e espaçosa, estava sendo preparada).
O ESTILO DAS RUAS DE OURO PRETO, O QUAL MANTÉM O ESTILO COLONIAL
OBJETOS FEITOS EM PEDRA-SABÃO (ESTEATITO): MATERIAL MUITO UTILIZADO PELOS ARTESÃOS DE OURO PRETO
PRAÇA DA INCONFIDÊNCIA: "CENTRÃO" DA CIDADE. NAQUELE MARCO DIZEM QUE FOI EXPOSTA A CABEÇA DE TIRADENTES
NORMAL EM OURO PRETO: IGREJA COM INTERIOR DECORADO COM OURO
PONTE EM ESTILO ROMANO
ORATÓRIOS SÃO NORMAIS EM TODO O CENTRO HISTÓRICO
FAMOSO MUSEU DA INCONFIDÊNCIA
Bibliografia utilizada no texto:
FAUSTO, Boris. História do Brasil. 14 ed. atual. e ampl. São Paulo: Editora da Universidade de São paulo, 2013.
Por Marcos Evaldt
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